O líder das marcas mais valiosas do mundo mudou este ano, pela primeira vez em três anos. A Google ultrapassou a Apple e passou a ser a marca mais valiosa do mundo em 2014, avaliada 115 mil milhões de dólares (135 mil milhões de euros). A empresa liderada por Larry Page regressa assim ao topo, depois de ter sido destronada, em 2011, pela Apple. 

Os dados da agência Millward Brown revelam o domínio do sector tecnológico, sendo o pódio monopolizado por empresas deste sector. A IBM conservou o terceiro lugar e fecha o pódio, tal como em 2013. Os Estados Unidos dominam o top-10 das marcas mais valiosas do mundo.

Por sectores, as tecnológicas reúnem mais marcas (16) no top-100. Uma em cada seis empresas pertence a este sector. A banca coloca 14 empresas e o sector das telecomunicações marca 10 lugares.

No sobe e desce das marcas, as maiores escaladas pertenceram à BT (30 lugares), DHL (25 lugares), Ikea (24 lugares), Yahoo (23 lugares) e Nike (22 lugares. As maiores quedas foram protagonizadas pela Intel (25 lugares), China Life (24 lugares), Agricultural Bank of China (17 lugares), e, com 14 lugares, a eBay e a MTN.

O estudo da Millward Brown nota uma subida de 12% no valor global das 100 marcas entre 2013 e 2014 para 2,9 biliões de dólares. O sector tecnológico e o aumento da confiança dos consumidores são apontados como principais factores para o aumento do valor das marcas.

A agência nota que entre o início da publicação do "ranking" (2006) e 2014 o valor global entre as empresas mais valiosas praticamente duplicou. Neste período, a Google foi a que mais vezes conquistou o primeiro lugar. Foram cinco o número de anos que a Google liderou o ranking, primeiro entre 2007 e 2010 e em 2014. A Apple liderou entre 2011 e 2013. E, no primeiro ano desta lista, a Microsoft estava no primeiro lugar do pódio. Actualmente esta empresa encontra-se em quarto lugar.

O relatório da Millward Brown descreve ainda para o perfil de consumidores nascidos entre 1981 e 1999: "bebem cerveja artesanal, fazem compras e utilizam serviços bancários num dispositivo móvel, privilegiam água vitaminada a uma cola e comem fast-food saudável". O documento indica ainda que estas pessoas "não adquirem um carro ou não compram um seguro automóvel por falta de dinheiro ou porque preferem partilhar a viatura."