O olhar do Facebook sobre as relações amorosas

Idade, religião, mensagens trocadas — a rede social olhou para o que a informação dos utilizadores revela sobre a forma como se relacionam.

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A interacção online cai nos dias que antecedem o início de uma relação MLADEN ANTONOV/AFP

O Facebook está à procura de compreender o amor. Aproveitando o pretexto do Dia dos Namorados, cientistas da empresa mergulharam no mar de dados dos utilizadores e publicaram uma série de conclusões sobre as relações amorosas.

O primeiro gráfico divulgado pelo Facebook cruza os relacionamentos com a religião. A conclusão: há poucos relacionamentos entre pessoas com religiões diferentes. Espanha é o país com mais relações amorosas de pessoas com crenças distintas: acontece em 28% dos casos.

Já Portugal, a par da Roménia, destaca-se como um país “com taxas relativamente altas de casamentos inter-religiosos, apesar da menor diversidade [religiosa]”, observa a equipa de cientistas do Facebook.

Outra das conclusões extraídas dos dados (analisados anonimamente, sublinham os investigadores) é que em cerca de dois terços dos relacionamentos entre pessoas de sexo diferente o elemento do sexo masculino é mais velho. Em média, tem dois anos e cinco meses mais do que a mulher. Em Portugal, a diferença está abaixo dos dois anos.

Numa outra análise — que vem mais uma vez ilustrar o poder do Facebook para escrutinar a actividade dos utilizadores —, os investigadores resolveram olhar para as interacções de pessoas que tinham acabado uma relação recentemente. A ideia era perceber se a rede social funcionava naqueles momentos como uma plataforma de apoio por parte de amigos e familiares. Foram recolhidos dados sobre as mensagens enviadas e recebidas, as publicações feitas e os comentários em publicações, tanto dos utilizadores em análise, como dos respectivos amigos.

Os números acabaram por mostrar um aumento médio de 225% nas interacções ao longo do dia correspondente ao fim da relação, seguido por um decréscimo nos dias seguintes, para valores que acabam por ser superiores aos existentes no período anterior ao rompimento.

A rede social também parece funcionar como um instrumento de aproximação entre os elementos do futuro casal, que perde importância à medida que o início do relacionamento se aproxima. Analisando as interacções no Facebook feitas entre duas pessoas nos 100 dias antes daquele em que declararam estar numa relação, é visível um aumento de interacções ao longo de 88 dias. Nos 12 dias anteriores, as interacções sofrem uma queda abrupta, que continua nos dias após o início do relacionamento. Presumivelmente, a interacção online é substituída por outras formas de contacto.

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