Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

12% dos internautas da União Europeia foram vítimas de fraude em 2012

A Comissão Europeia divulga hoje um relatório sobre a fraude no comércio online e sugere uma série de “truques” para evitá-la nesta época festiva.

Bloomberg
Ana Filipa Rego arego@negocios.pt 06 de Dezembro de 2013 às 14:35

Na União Europeia, 12% de quem faz compras online já foi vítima de fraude e 8% teve que lidar com o roubo da própria identidade, revela um estudo do European Consumer Centre Network (ECC-Net), publicado na página da Comissão Europeia, e que analisa os embustes enfrentados pelos consumidores que compraram online em 2012. O relatório foca-se na fraude no comércio online mas, acima de tudo, no que os consumidores podem fazer para se protegerem deste tipo de burla.

 

“As compras online estão a disparar uma vez que os consumidores tiram vantagem de um único mercado digital. No entanto, o risco de fraude está igualmente a aumentar. O relatório da ECC é um lembrete oportuno para a necessidade de que os consumidores façam compras inteligentes e evitem as armadilhas dos fraudadores”, diz Neven Mimica, comissário para a política do consumo da União Europeia no relatório.

 

O tipo mais comum de fraude referido pelos inquiridos (70%) foram embustes envolvendo sites falsos que exigiam uma transferência bancária e nunca entregavam os produtos “oferecidos”. A segunda forma de burla mais referida (45%), envolve carros em segunda-mão vendidos online, seguida de a venda de produtos falsificados e de bilhetes também falsos.

 

Poupanças das compras online geram poupanças de 11,7 mil milhões

As compras online estão a disparar uma vez que os consumidores tiram vantagem de um único mercado digital. No entanto, o risco de fraude está igualmente a aumentar. O relatório da ECC é um lembrete oportuno para a necessidade de que os consumidores façam compras inteligentes e evitem as armadilhas dos fraudadores
 
Comissário para a política do consumo da União Europeia 

 

Os estudos mostram que 62% dos consumidores citam o medo da fraude como razão principal para não comprarem pela Internet, mas o que se pode ganhar (por ser mais barato) com o consumo online já pesa na consciência de muitos.

 

Na verdade, estima-se que as poupanças para quem faça compras online ascendam a 11,7 mil milhões de euros, o equivalente a 0,12% do PIB norte-americano. No entanto, alerta a mesma fonte, muitos consumidores estão a perder”.

 

Segundo os resultados do Eurobarómetro no Cyber Security, os dados mais elevados de internautas que foram vítimas de fraude registaram-se na Polónia (18%), Hungria (17%) e Malta (16%). Já a Grécia, Eslovénia e Espanha apresentam as menores percentagens a este nível, com 3%, 6% e 7%, respectivamente. No relatório não há dados sobre Portugal.

 

Neste contexto, de crescente aumento do consumo online em paralelo com o da fraude, o relatório aponta cinco truques para evitar enganos, que vão desde o alerta para a confirmação da veracidade dos sites que se escolhem e o método do pagamento (ver caixa em baixo)

 

 
Cinco truques para combater a fraude online

"Nem tudo reluz é ouro"

 

As ofertas boas demais para serem verdade são, muitas vezes, boas demais para serem verdade. Seja ultra-cauteloso em verificar as condições como palavras a letra pequenina e outros itens. Confirme que as condições de entrega e, principalmente, de devolução são bem explicadas. Tome atenção às subscrições escondidas quando aceita uma amostra grátis. Veja ainda os falsos “Trustmark logos” e verifique se o “Trustmart” em questão existe realmente.

 

"Dinheiro não é Rei: Escolha um método seguro de pagamento"

 

Por exemplo, usar sempre um método seguro de pagamento e nunca efectuar transferências em dinheiro. Não há retorno possível caso a “coisa” corra mal. Verifique se o site em causa oferece um método seguro de pagamento. E nesse caso pode confirmar através de uma pequena chave ou cadeado que aparece no canto inferior do seu ecrã ou percebendo se a morada de Internet começa com https://. O pagamento com cartão de crédito ou outro método seguro de pagamento é, na maioria das vezes, o mais seguro: as empresas vão, sob determinadas condições devolver-lhe o dinheiro caso tenha comprado um serviço ou produto que não foi entregue.

 

O que é que eles têm que esconder?

 

O site tem que tem as informações mínimas exigidas pela legislação da UE: identidade do comerciante, morada, endereço de email, método de pagamento e entrega, duração mínima do acordo para o serviço contratado e um período de reflexão, durante o qual pode mudar de ideias e devolver os bens sem quaisquer explicações.

 

Verifique se o preço está correcto

 

Segundo a legislação da União Europeia, o preço da oferta apresentada deve ser o preço final, incluindo o IVA e outras taxas, bem como eventuais comissões administrativas. Os custos e opções devem ser bem explicados e fixados. No entanto, se comprar num site fora da União Europeia, poderá ter de pagar o IVA do seu país, direitos alfandegários e taxas de transporte. Isto poderá causar-lhe um choque desagradável.

 

Nunca fale com estranhos

 

Os truques podem também passar por incluir conselhos em como bloquear comerciantes online desconhecidos e o que fazer no caso de ser vítima de um site fraudulento. Ignore o chamado “spam” e “livre-se” de emails inesperados. Nunca disponibilize quaisquer informações pessoais ou financeiras que sejam pedidas num qualquer email e nunca clique em “links” suspeitos ou abra um anexo desconhecido. As empresas legítimas nunca vão pedir informação pessoal desta forma. No seu telemóvel ou “tablet”, faça apenas downloads de aplicações de lojas autorizadas.

 

  

Ver comentários
Saber mais Internautas UE vítimas fraude crime
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio